Depoimentos sobre algumas obras de Raimundo Girão

Sobre A Receita Pública

  1. ANTÔNIO SALES:

    "Seu trabalho, bem pensado e bem escrito, revelando um espírito culto e penetrante, é também um ato de patriotismo e de orientação nas mãos dos dirigentes estadistas mais ou menos improvisados, que geralmente não conseguem distinguir os interesses da Nação das suas conveniências pessoais. Embora creia que o seu livro seja uma pregação neste "deserto ...de homens" ele merece todos os louvores dos espíritos bem intencionados" (Carta de Fortaleza, em 12 de fevereiro de 1936).

  2. CLÓVIS BEVILÁQUA:

    "Tive grande satisfação em travar conhecimento com o ilustrado colega, através dos seus livros A Receita Pública e Diretrizes Novas do Conhecimento Financeiro, produtos de uma inteligência bem aparelhada pelo estudo e de visão segura. Aceite a expressão da minha simpatia e sinceras felicitações ao seu talento e a sua cultura." (Carta do Rio em 23/10/37).

Sobre A História Econômica Geral e do Brasil

  1. ABDIAS LIMA:

    "As belas obras, genuínas, prescindem dos meios geográficos. Surgem em toda a parte, na Ásia, na Europa, no Brasil, no Cea­rá. Pois foi aqui mesmo que surgiu o ano passado a História Econômica Geral e do Brasil, de Raimundo Girão, livro que a gente lê com proveito e alegria. A conclusão óbvia: o autor sabe, conhece os ar­canos da nossa história econômica [...] História Econômica Geral e do Brasil é um trabalho que muito nos honra. Com Raimundo Girão, a nossa História está muiito bem servida" (Correio do Ceará, ed. de 6/2/65).

Sobre O Bandeirismo Baiano e o Povoamento do Ceará

  1. JOSÉ HONÓRIO RODRIGUES:

    "Excelente estudo mostrando a falsidade da tese do povoamento do Cariri por gente da Casa da Torre. Reconhece o autor a influência dos baianos do São Francisco nesse povoamento e no Médio Jaguaribe, onde concorreram para a consolidação dos currais e formação das famílias povoadoras do Jaguaribe. O contato das duas correntes, a do sertão de fora e a do sertão de dentro, deu se no Vale do Jaguaribe, onde baianos chegaram misturados com pernambucanos. O trabalho foi preparado para o I Congresso de Hist6ria da Bahia" (Índice Anotado da Revista do Instituto do Ceará, p. 192).

Sobre O Comendador Machado e a sua Descendência

  1. JOSE HONÓRIO RODRIGUES:

    "Interessante, valioso a bem escrito trabalho sobre José Antônio Machado, grande comerciante de Fortaleza, cuja reputação comercial correu sempre paralela corn sua influência politico administrativa. Eleito em 1890 procurador da Câmara, governou quatro vezes interinamente a Província; em 1829, 1843, 1855 a 1864. A Machado foi confiada, em 1825 27, a distribuição dos socorros destinados às vítimas da Seca. Acusaram no nessa época de ter se aproveitado na tarefa de meios ilícitos de enriquecimento. Trata se de trabalho de reabilitação histórica e é pena que o autor não alongasse suas pesquisas sobre a atividade comercial de Machado, o que muito teria contribuido para a história econômica do Ceará. O biografado teve 10 filhos e o autor traça sua genealogia" (Índice Anotado da Revista do Instituto do Ceará, ps. 192 3).

Sobre  O Ceará (Em parceria com o Prof. Antônio Martins Filho)

(1ª ed. – 1939; 2ª ed. – 1945; 3ª ed. – 1966)
[Compilação crítica organizada por Eurípedes Chaves Júnior] set/2011

 

1.  AFFONSO DE TAUNAY:

 

"Meu caro Dr. Rui [?]

 

Acabo de receber sua carta e o volume d’O Ceará que o Sr. teve a bondade de me mandar de um modo tão gentil e acompanhado de expressões que tanto me penhoraram e desvaneceram.

 

Venho agradecer-lhe uma e outra coisa, sobremodo grato a esta lembrança tão gentil.

 

Já conhecia o volume que li com muita atenção, nele aprendendo imenso e encontrando muita coisa já minha conhecida. É uma obra excelente para o conhecimento mais extenso de um Estado da importância do Ceará e do valor do cearense.

 

Ótimo documentário de leitura atraente e riqueza informativa variada. As pequenas biografias são muito interessantes e instrutivas; a parte iconográfica de muito bom gosto. Otimamente escolhido, o texto... [trecho ininteligível]. Representa o livro excelente serviço prestado ao Ceará e ao Brasil relatando-nos os grandes progressos e a vitalidade do Estado” (Carta de São Paulo, SP, de 23/06/1940).

 

 

2.  ASSOCIAÇÃO CEARENSE DE IMPRENSA:

 

“A Editora Fortaleza, desta cidade, acaba de lançar nas livrarias a apreciável obra O Ceará, o mais completo e fiel repositório de assuntos que se relacionam com nosso Estado e interessam de perto ao mesmo.

 

Anunciada de há meses, a saída da publicação em apreço marcou uma esplêndida vitória, muito menos para os seus inteligentes feitores do que para o  próprio Ceará.

 

O nosso Estado, que se ressentia de uma obra que lhe descrevesse em todos os aspectos, com um prodigioso dom de síntese, tem no livro O Ceará uma publicação do mais alto porte.

 

O Ceará, cujo feitio material, em suas quase quinhentas páginas, muitas das quais excelentemente coloridas, nada fica a dever às ótimas publicações cariocas, foi trabalhado pelos espíritos dinâmicos de Martins Filho e Raimundo Girão, nossos prezados associados.

 

Bacharéis ilustres, este último Juiz do Tribunal de Contas [do Ceará], membro da Comissão do Plano da Cidade de Fortaleza, como representante da ACI, ex-presidente do Rotary Club local, ex-prefeito da Capital; aquele primeiro, professor do Liceu do Ceará e de outros importantes estabelecimentos locais, diretor da apreciada e vitoriosa revista VALOR, membro destacado do Conselho Fiscal da ACI, ambos advogados de méritos, - Antônio Martins Filho e Raimundo Girão empregaram o melhor de seu esforço na feitura do O Ceará.

 

O livro compensou-os esplendidamente, porque, na verdade, O Ceará é uma obra de valor inconteste” (Nota da Secretaria da ACI, lida ao microfone da P.R.E. 9 – Ceará Rádio Club e transcrita na revista VALOR, fasc. 13, p. 520, Fortaleza, novembro de 1939).

 

3.  AZARIAS SOBREIRA:

 

"Cada dia estou a consultar O Ceará, saído da sua pena associada a do Martins Filho. E cada dia sobe de ponto o meu entusiasmo e enlevo diante de tão bem urdida obra. Nunca uma expressão com objetivo comercial, feita para armar ao efeito. Tudo seriamente organizado, tudo objetivo, tudo modelar e altamente patriótico. Honra lhes seja" (Carta de Aracati, CE, de 23/05/1955).

 

4.  CLÓVIS BEVILÁQUA:

 

"Ao Governo do Estado do Ceará apresento as minhas homenagens e agradeço a oferta do belo e valioso livro O Ceará, organizado por dois ilustres cearenses, Raimundo Girão e Martins Filho, com a colaboração de cientistas, juristas, historiadores e poetas de reputação firmada.

 

Para mim, como cearense, é um tesouro, que me fala da terra e da gente, a que me prendem laços indestrutíveis, me comove e me instrui. Com ele, vejo a grandeza moral e o progresso do Ceará, em todos os sentidos, e me alegro como filho" (Carta do Rio de Janeiro, RJ, de 28/03/1940).

 

5.  CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA:

 

“Excelentíssimo Sr. Raimundo Girão

 

Tenho o prazer de voltar à presença de V. Ex.a a fim de acusar o recebimento e agradecer penhorado a gentil remessa de um exemplar do valioso trabalho intitulado O Ceará, que veio enriquecer sobremodo o patrimônio bibliográfico especializado deste Conselho. Reafirmo os protestos de elevada estima e consideração. Christovam Leite de Castro – Secretário Geral (Carta do Rio de Janeiro, RJ, de 25/03/1940).

 

6.  DJACIR MENEZES:

 

“UM DESAFIO DE CULTURA”

 

Num meio sempre disposto a desencorajar todas as iniciativas da inteligência, o arrojo dos meus amigos Drs. Raimundo Girão e Martins Filho escandalizou.

 

A publicação no Ceará do O Ceará emudeceu o coro dos basbaques e alegrou a população que está sempre pronta a vitoriar os empreendimentos desligados de interesses imediatos.

 

Porque esta obra reponta na esterilidade provinciana do ambiente, onde ainda choramingam os derradeiros poetas desmamados, como um desafio luminoso de vigor intelectual e de fecundidade laboriosa.

 

É uma obra ordenada, fundamentada, erudita, que congregou trabalhos de estudiosos focalizando os diferentes aspectos da evolução cearense. Os estudos do quadro fisiográfico e climático, do material humano e seus processos sociais de ajustamento as condições telúricas, de todas as manifestações culturais que se surpreendem nessa gente e nesse habitat. Informações históricas rigorosas, oriundas de fontes limpas de suspeitas. Solução de divergências e vacilações, que a rotina ameaçava eternizar nos meandros da historiografia menos paciente e mais vulgarizada. Notícias demológicas, fiscais, administrativas, econômicas de todos os municípios, averiguadas carinhosamente... Que se poderá mais dizer?

 

Por tudo isso, a obra organizada pelos meus dois amigos produziu essa admiração e esse espanto, entalando no silêncio tantos maldizentes sempre desesperançados.

 

Quero crer que o Governo não deixará passar a oportunidade de incrementar a divulgação dessa obra, que é atualmente o melhor e mais verídico repositório de informações e estudos sobre o nosso Estado. Principalmente se levarmos em conta os erros e ignorância correntíos, que o livro, compilando uma investigação criteriosa, vem dissipar e aclarar. Não foi obra de encomenda, mas de abnegação, de esforço e de cultura. Por esses títulos, está se impondo rapidamente no nosso meio.

 

Essa espontaneidade magnífica de sua aceitação já é o melhor prêmio aos organizadores que tão atrevidamente desafiaram a descrença dos desanimados sobre obras serias num clima social onde se festejam tantas nulidades feitas obras e feitas gente...” ( Revista VALOR, fasc. 13, p. 523, Fortaleza, CE, novembro de 1939).

 

 

7.  ELÓI PONTES:

 

“A TERRA DA LUZ

 

A despeito de tudo é certo que desconhecemos o Brasil. Cada vez que se publicam livros de informações sobre qualquer Estado encontramos neles verdadeiros mananciais de surpresas. Os raios de ação da nossa insaciável curiosidade têm alcances menores do que pensamos. É pensamento primário a circunstância de que aprendemos muito ao cabo de cada dia decorrido... Parece mesmo que todos os La Palisses do mundo já perceberam e repetiram isto... Assim nunca devemos estragar os ensejos de aprender mais alguma coisa, além das que os episódios cotidianos da vida concedem. Foi o que fizemos tendo O Ceará [1ª edição] de Raimundo Girão e Antônio Martins Filho (Editora Fortaleza), volume de informações de toda a ordem, quase todas curiosas. Pena foi que os autores não tivessem dado mais disciplina aos assuntos, distribuindo-os por sistema, de modo que pudéssemos avaliar não só o Ceará contemporâneo mas também as origens de tudo quanto ali já se realizou, nos planos das conquistas materiais e espirituais. Em todo o caso os esforços aqui compendiados podem servir de espelho a esforços análogos em relação a outros Estados, pois não é fácil obter informações cada vez que as procuramos. Além das notas abundantes sobre cada município cearense, seus recursos e fontes de opulência, foram reunidos no volume diversos estudos sobre educação, justiça, indústrias, literatura e outros assuntos, sempre de grande interesse. Os ensaios de João Nogueira, sobre hábitos e costumes, de Carlos Studart [Filho], sobre tribos indígenas, de Antônio Sales, sobretudo acerca da literatura cearense, constituem contribuição magníficas, que se podem somar a outras para se ter idéia em conjunto da formação nacional.

 

Os autores, justificando o volume, que se imprimiu por iniciativa do Governo, dizem que ele representa documentário de estudos, que fotografam o Ceará. A fotografia reclama retoques... Falta-lhe, talvez, perspectiva. Por detrás dela sente-se apenas uma cortina. Por detrás dessa cortina haveria muito o que mostrar. No norte é, certo, o Ceará a terra que melhor pode correr o véu sobre tempos idos e vividos, para orgulho e vantagens para suas glórias históricas. Mas, seria exigir muito de uma iniciativa como esta, que cumpriu o preceito do lugar comum, preenchendo uma lacuna. Explicando-a e definindo-a lemos, na primeira página, que o volume foi ideado e elaborado com o intuito de ‘fazer melhor divulgação e propaganda honesta da terra, do homem e das coisas cearenses, a fim de afastar conceitos defeituosos e corrigir apreciações errôneas, decorrentes do desconhecimento da sua realidade’. É exato. Desconhecemos, em regra, todas as coisas nacionais, menos por indiferença que por falta de fontes esclarecedoras capazes. Os autores d’O Ceará compreenderam e confessaram as falhas desta obra, dizendo que ela foi ‘conseguida a troco de grandes esforços’ para concluir que, a despeito de tudo, possibilita visão de conjunto, mostrando aspectos gerais e indispensáveis a quem queira formular juízos seguros sobre a fisionomia do Estado, conhecido na tradição nacional por ‘terra da luz’.

 

Acreditamos que se em outros Estados se organizassem publicações análogas seria fácil levantar o gráfico do Brasil contemporâneo. Acontece, porem, que as publicações análogas degeneram em poliantéas de magnatas. Isto foi evitado aqui, de modo geral, apesar de haver sido o volume impresso com apoio do Governo. Já é tempo de conhecermos o Brasil. As fontes desse conhecimento, em regra, envolvem apenas fenômenos de ordem material, tidos como administrativos... Por isso mesmo ignoramos a nossa terra. Relatórios não poderão nunca oferecer as imagens que queremos conhecer e a literatura de propaganda, entre nós, é constituída de relatórios insípidos, enfadonhos, desenxabidos” (Rio de Janeiro, RJ, 1940).

 

 

8.  O ESTADO:

 

“Da autoria dos Drs. Raimundo Girão e Antônio Martins Filho, acaba de ser editado O Ceará, volume de cerca de 500 páginas, copiosamente ilustrado, e de excelente aspecto gráfico. É livro para se falar dele mais a vagar, tal a sua importância, sob todos os pontos, mormente histórico, geográfico, econômico e literário, propriamente dito.

 

Em suas páginas, com uma clareza admirável e aprumada orientação, encontram-se quantos dados se precisem, referentes aos municípios, dos quais, além da parte geral, vem em súmula um histórico abrangente das formações política, judiciária, eclesiástica, a etimologia e ligeiras notas biográficas dos filhos de maior relevo nos diversos ramos das atividades humanas.

 

Como se fora pouco, os autores, ampliando o seu intento, inseriram trabalhos de real valia de vultos inconfundíveis das nossas letras e ciências, como [enumera os colaboradores e os títulos de suas respectivas contribuições].

 

Não mais é preciso para um juízo dessa obra, que veio preencher a mais lamentável lacuna de que se ressentia o nosso Ceará.

 

Livro que se impõe, e merece disseminado largamente pelos poderes públicos, mormente nesta época em que o valor das circunscrições territoriais e políticas se projeta justamente pela concretização de realidades demonstradas em publicações autorizadas como O Ceará.

 

Deixamos de parabenizar os autores, porque os parabéns quem os merece é, antes de tudo, a terra cearense” (Jornal de Fortaleza, CE, ed. de dezembro de 1939).

 

 

9.  FEDERAÇÃO DAS ACADEMIAS DE LETRAS DO BRASIL:

 

“Exmº Senhor Interventor Federal [Francisco de Menezes Pimentel]

 

É do meu dever, agradecer a V. Excia., com todos os aplausos, esse magnífico documento O Ceará [1ª edição], com o qual o generoso espírito de V. Excia. me distinguiu.

 

Obra desse feitio e com essa feição de puro nacionalismo construtor, ao serviço da divulgação de todos os valores: materiais e culturais, de um grande núcleo brasileiro, o alto espírito que a consubstanciou em volume.

 

Possam os demais Estados do Brasil, seguirem o exemplo do grande Ceará.

 

Apresento a V. Ex.a  com os meus agradecimentos, as melhores expressões da minha estima e consideração.

 

Atenciosa e cordialmente patrício e admirador – Procion Serpa” (Carta do Rio de Janeiro, RJ, s/d).

 

 

10.  FON-FON:

 

“Os doutores Raimundo Girão e Antônio Martins Filho acabam de lançar à publicidade um livro de cerca de 500 páginas, intitulado O Ceará. O livro em apreço é um estudo completo e minucioso da gloriosa terra alencarina, uma valiosa demonstração, digna dos mais justos encômios, do que é o Ceará atual, como expressão dinâmica de vida e de progresso. Colaboram em tão útil quão importante trabalho os nomes mais representativos das letras cearenses. Com os drs. Martins Filho e Raimundo Girão o Ceará e os cearenses acabam de contrair uma inegável dívida de gratidão, pela rica contribuição desta obra, que é um retrato, autêntico e perfeito, do Ceará, oferecido a coevos e pósteros” (Revista semanal, editada no Rio de Janeiro, RJ, ed. de 16/03/1940, p. 41).

 

 

 

 

11.  FRANCISCO CARVALHO:

 

“É livro para ser lido com interesse e curiosidade, sobretudo com ternura, uma vez que em suas páginas ressurge, cálido e fecundo, o sopro neutralizador de antagonismos que fez do nosso povo e da nossa terra, símbolos perenes de uma civilização consolidada pelo martírio” (Jornal O POVO, de Fortaleza, CE, ed. de 03/07/1967).

 

 

12.   GERALDO DA SILVA NOBRE:

 

“Iniciativa dos doutores Martins Filho e Raimundo Girão foi a publicação do primeiro O Ceará, agrupando informações gerais sobre o Estado, o qual repercutiu muito no meio da intelectualidade local e na de outros centros populacionais do Brasil, levando a 2 (duas) reedições, a exemplo da primeira logo esgotadas permanecendo, não obstante sem atualização no tempo, como um testemunho indiscutível da visão amplíssima dos responsáveis pela publicação, assim como de quantos nela colaboraram, estudiosos da história, da geografia e da antropologia pertinentes ao passado e ao futuro dos cearenses, ao mesmo tempo assegurando a imortalidade – para sempre – dos responsáveis aqui exaltados por mérito próprio” (REVISTA DO INSTITUTO DO CEARÁ, vol.116, de 2002, p. 260).

 

 

 

 

13.  O GLOBO:

 

O Ceará – O Governo do Estado do Ceará vem de nos ofertar um trabalho de autoria dos Srs. Raimundo Girão e Antônio Martins Filho, sobre a terra e os costumes cearenses. Trata-se de uma obra bastante interessante, que focaliza o desenvolvimento daquele Estado nortista, através dos seus homens, suas coisas e os seus fastos. Por ele, todos poderão ter uma idéia do progresso e da situação econômica do Estado, nos seus aspectos gerais” (Jornal do Rio de Janeiro, RJ, ed. de 18/03/1940).

 

 

14.  J. FIGUEIREDO FILHO:

 

"Tive o prazer de receber O Ceará, dirigido por você e o Martins Filho. Está ótima a edição, que bem recomendará o Ceará, em todos os pontos de vista, por aí afora". (Carta do Crato, CE, de 14/11/1947).

 

                                                                                                                               

 

15.  JÔNATAS SERRANO:

 

“RETRATO DO CEARÁ

 

Todo brasileiro de certa responsabilidade deveria conhecer o Norte e o Sul, o litoral e o hinterland, para melhor compreender as coisas pela visão pessoal, que nenhum outro meio logra substituir de modo completo. Hoje, graças ao cinema, os que não podem ou não querem viajar, conseguem fazer uma idéia das várias regiões do país (e até do mundo inteiro), por que são cada vez mais freqüentes e interessantes os filmes documentários de assunto geográfico. Bastaria lembrar, para o conhecimento das terras mais distantes, alguns dos magníficos trabalhos de Fitzpatrick, coloridos e sonoros, que nos permitem visitar o Taj Mahal, por exemplo, na longínqua Agra, sem maior despesa nem riscos de travessia oceânica. Aqui mesmo alguns dos complementos nacionais atingem grau apreciável de acabamento e facultam ao público freqüentador da Cinelândia a visão aproximada de sítios pitorescos ou justamente célebres dos diferentes Estados da Federação. Nem estará porventura muito longe o dia em que se pensará em organizar com caráter rigorosamente científico e sob os auspícios do poder competente, um curso completo de corografia brasílica em série de filmes de medida universal, redutível à de 16 para utilização mais fácil nas aulas dos cursos oficiais. Só o cinema permite este milagre: se não podemos ir a todos os pontos do planeta, eles vêm a nós e cabem nos limites apertados de uma sala de projeção...

 

Mas o cinema ainda não substitui definitivamente o livro, se é que algum dia o virá a substituir. E as publicações informativas e bem documentadas sobre as várias regiões do Brasil merecem aplauso, auxílio eficiente e constituem obra de sadio patriotismo. Tal o caso deste volume recentemente elaborado e publicado em Fortaleza pelos Srs. Raimundo Girão e Antônio Martins Filho, sob o título simples e expressivo – O Ceará.

 

Os próprios autores observam inicialmente que poderiam ter denominado o seu livro Retrato do Ceará. E explicam o porquê: ‘Este livro é um documentário. Um repositório de criteriosos estudos e valiosas informações que fotografam o Ceará com precisão e nitidez’. Quem percorrer as suas quase quinhentas páginas, de formato grande, concordará com a afirmativa. Colaboram na obra os nomes mais representativos da terra de sol e não foram esquecidos os múltiplos aspectos da grande realidade cearense: desde a controvertida origem do próprio topônimo até a minuciosa informação particularizada de cada um dos Municípios do Estado.

 

O ótimo é inimigo do bom, diz a sabedoria popular e com razão. Se os esforçados autores deste volume tivessem desanimado ante a magnitude da tarefa, a incerteza de alguns dados estatísticos, a impossibilidade de imprimir um volume de tal porte em papel de luxo, com requintes de arte fotográfica e litográfica, ou em fotogravura, à americana, teríamos ficado privados desta contribuição realmente digna de aplauso e imitação. E digo de imitação, porque o ideal seria que para cada unidade da Federação já possuíssemos um volume análogo. E, com o auxílio oficial e graças aos admiráveis recursos de que hoje dispõem as artes gráficas, não constitui mais utopia a idéia de uma vasta coleção corográfica, em que não somente os Estados, mas pouco a pouco os Municípios e cidades mais importantes venham a ter volumes especiais, quais os que existem na Europa para as localidades famosas e de interesse turístico.

 

Ler este livro sobre o Ceará equivale a uma viagem pela imaginação às zonas requeimadas e ferazes em que o juazeiro se ergue em desafio ao sol, tanto mais resistente quanto mais escaldante a inclemência da soalheira, símbolo eloqüente do próprio homem do Nordeste, que não se dobra ante a rudeza do seu habitat. É rever, se lá por ventura já estivemos, os carnaubais intrépidos, os açudes espelhantes, os sertanejos de chapéu de couro e quiçá a própria vertente escarpada da longínqua Ibiapaba. E, em contraste flagrante, a agitação estuante de vida, o movimento e a audácia construtiva da capital cearense, cujo progresso, de 1930 para cá, surpreende aos que a visitaram antes e a revêem agora.

 

Esta viagem pela imaginação eu a fiz, ao ler o volume O Ceará, recordando as primeiras impressões que experimentei ao percorrer o interior do Estado, em 1938. E foi com saudade que fechei o livro...” (Rio de Janeiro, RJ, 1940).

 

 

16.  JORNAL DO BRASIL:

 

O Ceará – Editora Fortaleza – 1939. Oferecido pelo Governo do Estado do Ceará, folgamos em acusar o recebimento de um exemplar do cuidadoso livro, elaborado pelos doutores Raimundo Girão e Antônio Martins Filho, intitulado O Ceará, e que constitui, inclusive pelo zelo e probidade que o inspiraram, um magnífico repositório de informações úteis e indispensáveis sobre o homem, a terra e os fatos cearenses. Ajunte-se a isso o bom trabalho gráfico, da Editora Fortaleza, e se terá uma idéia, pálida, do valor desse documento do grande Estado nortista” (Rio de Janeiro, RJ, ed. de 29/03/1940).

 

 

17.  LUIZ ABS DA CRUZ:

 

“VISITANDO O CEARÁ

 

Em uma semana apenas eu fiz uma visita ao Ceará.

 

Sem sair de Porto Alegre. Cômodo e barato. E fiquei encantado.

 

A Editora Fortaleza editou uma obra de notável valor patriótico, que intitulou simplesmente O Ceará, de Raimundo Girão e Antônio Martins Filho.

 

É um repositório de estudos de valor sobre as questões do nordeste brasileiro, seus problemas e a solução que o homem tem dado às incógnitas que a natureza bárbara lhe apresenta.

 

A coletânea foi feita magistralmente. Mais do que um comentário regionalista, é um verdadeiro tratado geográfico.

 

Todas as localidades do Estado são aí amplamente apreciadas, sob vários aspectos: área; área em relação ao Estado; posição geográfica; altitude; distância da Capital por estrada de rodagem, férreas, aéreas e linhas marítimas; população absoluta e relativa da sede municipal; número de prédios existentes; categoria judiciária com os termos; divisão administrativa com os distritos.

 

A seguir, um histórico da formação política, eclesiástica e um estudo etimológico sobre o nome da localidade.

 

Logo, a parte física, com orografia, potamografia, acidentes litorâneos.

 

Na parte econômica faz um estudo amplo dos seus recursos. As matas com o ouro verde de suas frondes. Árvores oleaginosas, forrageiras, medicinais, têxteis, tintureiras, etc. O solo com os ricos veios minerais. As águas, atirando na praia, de presente, o sal que se transforma em luzidias moedas dos bancos do Estado.

 

As indústrias com o número de fábricas. O comércio e os mercados.

 

O nível intelectual com as escolas primárias, secundárias, normais ou superiores e a orientação que possuem. Associações culturais ou de beneficência. Edifícios importantes. Arrecadação do fisco, etc.

 

Termina o capítulo com a relação dos filhos da localidade, que se impuseram com suas virtudes cívicas e alto valor moral e intelectual.

 

Mas, dirá o leitor, isto tudo de cada município?

 

Sim. Dos 78 municípios do Estado.

 

É uma obra de fôlego. De grande valor. O retrato do Ceará, do grande Estado flagelado.

 

Engana-se, porem, quem julgar esse livro precioso um simples repositório de dados estatísticos.

 

Palpitantes assuntos são abordados em excelentes artigos, alguns dos quais citaremos aqui: Hábitos e Costumes Cearenses; História da Literatura Cearense; Rendas e Labirintos do Ceará; Tribos Indígenas; Panorama Econômico; O Direito e Justiça no Ceará; História da Medicina no Ceará; História Eclesiástica; A Educação no Estado; Evolução social do sertão; A Cidade da Criança; A Serra da Ibiapaba; A Carnaúba, e apreciações das Faculdades, Laboratórios, Ginásios, Academias de Letras, Fábricas, etc.

 

O cidadão que quiser saber o que é qualquer um dos 78 municípios com seus distritos, que existe por lá; bastar-lhe-á compulsar esse trabalho monumental de 470 páginas agradáveis e instrutivas.

 

Por que não tornamos o Rio Grande conhecido, assim dos próprios gaúchos e dos nossos irmãos brasileiros?

 

Seria oportuníssimo que o Conselho Regional de Geografia tomasse a iniciativa. O Instituto Histórico e Geográfico poderia dar uma contribuição valiosíssima.

 

E numerosos intelectuais, escritores de renome, poderia cooperar com páginas preciosas que engrandeceriam o pago.

 

Mas, por favor, nada de ‘panelinhas’ da sorte, de apadrinhamentos.

 

Caso contrário, apresentar-se-ão culturas de fancaria, a nos dar conceitos deste calibre: a galinha é geração espontânea do ovo... E então, os que lessem o livro do Rio Grande deparariam dissertações modernas, ao lado de artigos de um século passado...

 

Aí fica a sugestão para o Conselho Regional de Geografia. Na época em que se procura estimular o sentimento de unidade nacional seria oportuníssimo que se fizesse, a exemplo do Ceará, o Brasil mais conhecido dos brasileiros” (Porto Alegre, RS, 1940).

 

 

18.  NORONHA SANTOS:

 

"Muito penhorado a gentileza da oferta de O Ceará, acuso o recebimento dessa preciosa obra, riquíssimo repositório de informações históricas e geográficas desse Estado nordestino.

 

Interessado vivamente por assuntos brasileiros, li com a maior atenção o trabalho publicado sob sua direção, muito tendo aprendido acerca desta Unidade da Federação.

 

Obra meritória e digna de louvor, O Ceará constitui, sem dúvidas, a mais completa monografia concernente a expansão econômica e social do Estado" (Carta do Rio de Janeiro, RJ, em 18/11/1947).

 

 

19.  OTAVIANO PEREIRA DE ALBUQUERQUE:

 

“Ilmº Sr. Dr. Francisco Menezes Pimentel

 

Interventor Federal no Estado do Ceará

 

Saudações muito atenciosas

 

Acompanhado de um delicado cartão do patriótico e operoso governo de V. Ex.a recebi, ontem, o volume - O Ceará -, que com carinho compulsei e li, por ser essa obra um repositório fidedigno e minucioso de quanto diz respeito desse glorioso Estado, que é uma das mais luminosas estrelas da bandeira pátria, tendo, em todos os tempos da atividade humana, quer nos refiramos às lides do espírito, quer às materiais, graças às energias de seus filhos insignes, ocupando lugar de destaque no decorrer da nossa vida nacional. Sacerdotes ilustrados e modelares no exercício constante das mais peregrinas virtudes, estadistas esclarecidos, soldados legendários, que se podem igualar aos mais valorosos cabos de guerra dos mais famosos países, cultivadores das ciências e da literatura em todas as suas províncias, artistas, agricultores, industriais e comerciantes que, secundando no amanho das forças materiais, a ação espiritual daqueles, têm todos concorrido, tenaz e eficazmente, no perpassar dos tempos, para completar a grandeza do Ceará, onímodo progresso e aperfeiçoamento.

 

A meu ver, Senhor Interventor, é o Ceará um dos mais admiráveis Estados do Brasil, porque os seus filhos vivem sempre a lutar contra as agruras atmosféricas, que, apesar de repetidas, não conseguem triunfar do amor devotado, que eles, em sua maioria, consagram à terra que lhes foi berço.

 

E, se, temporariamente o abandonam, logo que os Céus se amenizam para os seus amadíssimos penates, voltam sorridentes e felizes por uma confiança extraordinária na misericórdia divina, de que o mal não se repetirá.

 

Agradeço, pois, senhor Dr. Interventor, o precioso mimo e faço votos pela perene felicidade privada e pública de V. Excia. e do glorioso Estado que, com sabedoria cristã, está governando.

 

De V. Ex.a grande admirador e devotado Dom Otaviano Pereira de Albuquerque – Arcebispo (Carta de Campos, RJ, de 12/04/1940).

 

 

 

 

20.  O POVO:

 

“Um livro de fôlego sobre o Ceará é esse que Raimundo Girão e Antônio Martins Filho acabam de elaborar e que se encontra desde poucos dias exposto ao público ledor.

 

Raimundo Girão, advogado estudioso, ex-prefeito de Fortaleza, juiz do extinto tribunal de Contas do Estado, figura de prol no Rotary Club desta Capital, é um espírito meticuloso de organizador.

 

Antônio Martins Filho é um idealista do trabalho cultural, um incansável lutador das letras, o homem que funda tipografias, lança revistas de letras, edita livros, com uma crença de fanático no êxito de suas empresas, em meio tão sáfaro, empresas que, afinal, vencem!

 

Pois foram esses dois homens invulgares, esses dois incorrigíveis otimistas que se aliaram para levar a fim esse livro de cerca de quinhentas páginas, em que reuniram colaborações as mais substanciosas, monografias, estudos, dados, informações, históricos, tudo enfim, que interessa à vida cearense.

 

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Além desse copioso e admirável trabalho de colaboração, cuja substância seria desnecessário por em relevo, o livro encerra matéria editorial preciosíssima, no que toca à geografia política, física, econômica e histórica do Ceará.

 

Letras, artes, ciências, comércio, indústria, agricultura, administração – todos esses ramos são detalhadamente compendiados no livro ora lançado pela Editora Fortaleza.

 

Para essa obra de raro valor e inconteste utilidade, pedimos a atenção não só do público, mas, especialmente, do Governo do Estado, da Municipalidade, do Departamento da Educação” (Jornal de Fortaleza, CE, ed. de dezembro de 1939).

 

 

 

 

21.  RAIMUNDO ARAÚJO:

 

"O Ceará é um livro que, pelo seu conteúdo, honra, enobrece, orgulha e eleva mais e mais a heróica e boa terra dos mares verdes" (DIÁRIO FLUMINENSE, Rio de Janeiro, ed. de 12/03/1968).

 

 

 

 

22.  REVISTA DA SEMANA:

 

“Nas suas 470 páginas este volume é, sem favor, um retrato fiel, o mais fiel dos retratos que se poderia desejar do Ceará de hoje, em pleno apogeu de sua evolução. É um documentário impecável da vida e dos progressos da grande unidade da Federação fixando, com brilhos e com documentos, o homem e as coisas cearenses. É um trabalho que se recomenda pelo esforço que representa e pela elegância da linguagem em que foi escrito. O Ceará nos permite uma visão de conjunto do grande Estado e lendo-o fica-se conhecendo melhor essa terra heróica, cheia de glórias e de serviços ao Brasil” (Rio de Janeiro, RJ, 1940).

 

 

Sobre A História Econômica do Ceará

  1. Pe. ANTÔNIO FEITOSA:

    "Da Pequena História do Ceará, o que eu disse antes confirmo agora: a um grande livro. Mas o seu grande livro, até onde me a dado julgar, é a História Econômica. E que mais admiro não e o historiador de vasta erudiçãoo, é antes o grande artista da frase portuguesa. Se nao andassem no Brasil todas as cousas tortas, tudo as avessas, tudo desmantelado, de pernas para o ar, o Dr. Raimundo Girão ja estaria ocupando o lugar que merece na Academia Brasileira de Letras" (Carta do Crato, em 15/2/54).

  2. EDUARO CAMPOS:

    "[...] Além desse belo Geografia Estética de Fortaleza, tantas vezes mencionados por nós, culmina com obra sem nenhum favor possível de ser arrolada entre as dez mais significativas já escritas entre nós: "História Econômica do Ceará”, e sem favor nenhum a alinhar-se no mesmo patamar de fulgurâncias de "Ensasio Estatístico da Província do Ceará” e "Terra de Sol” ... (Excerto do discurso proferido na sessão solene comemorativa do centenário de Raimundo Girão, relizada no Instituto do Ceará em 05.10.2000)

  3. JOSÉ ANTÔNIO GONSALVES DE MELO:

    "Li e admirei   e guardo na minha estante   os preciosos capítulos da História Econômica do Ceará escritos pelo Sr. É trabalho de muito mérito e repleto de informções preciosas. Será longamente aproveitado por mim, se Deus me der forças para escrever a História de Pernambuco, a que venho dedicando todas as atenções" (Carta do Recife, de 1954).

  4. JÚLIO ABREU:

    "Vencido o primeiro capítulo (as primitivas populações do Ceará)   que só um perfeito conhecedor do assunto poderá julgar, o leitor vai sendo gradualmente empolgado pela leitura, que o torna sôfrego por concluí la. Foi o que me aconteceu; e creio que isso mesmo terá sucedido aos mais ilustres e competentes que tenham lido o seu magnífico trabalho" (Carta de Ilhéus, em 18/11/47).

  5. MELQUÍADES PINTO PAIVA:

    "Depois de muita procura nos "sebos"deste imenso País, finalmente consegui um exemplar da sua História Econômica do Ceará, obra de peso cultural e longo preparo, marco da historiografia cearense. Como vê, muito me interesso por seus es­critos" (Carta do Rio, em 10/12/84).

  6. OTTO MARIA CARPEAUX:

    História Econômica do Ceará dediquei várias horas de leitura, cujo primeiro resultado é tópico publicado por mim no Correio da Manhã, de que sou redator político; incluo um exemplar para seu conhecimento.Espero muito que a nota, pu­blicada no jornal mais prestigioso do País, contribua para despertar o interesse de amplos círculos pelo seu importante livro" (Carta do Rio, em 22/4/50).

  7. PIMENTEL GOMES:

    "O livro de Raimundo Girão deve ser lido. Obra valiosa de um pesquisador incansável, de um escritor notável, História Econômica do Ceará enche nos de confiança no futuro da província nordestina, e aumenta a fé que todos temos no futuro do Brasil" (Revista Valor, n ° 29).

Sobre Três Gerações (Estudo sobre Pápi Júnior, Leonardo Mota e Fran Martins)

  1. Pe. ANTÔNIO FEITOSA:

    "[...] mavioso e empolgante livro”. (Carta do Crato, em 15.02.54)

  2. Pe. ANTÔNIO GOMES DE ARAÚJO:

    "Em meu poder, Três Gerações, jóia, mais esta jóia, produto de seu esforço contínuo e fecundo e de seu humaníssimo coração a serviço duma arte autêntica, a arte literária" (Carta do Crato, em 5/5/50).

  3. ÉRICO VERÍSSIMO:

    "Seu Três Gerações me chegou providencialmente num sábado, de sorte que o li todinho no domingo. Confesso que nunca havia lido nada de sua autoria. Confesso também que a leitura de seus ensaios me prendeu poderosamente. Concordo inteiramente com o que V. diz sobre o Fran Martins. E agradeço lhe por me ter revelado uma personalidade tão interessante como a de Pápi Junior. Creia na simpatia e já agora na admiração de quem o abraça muito cordialmente" (Carta de Porto Alegre, em 8/5/50).

  4. HERNANI CIDADE:

    "É, atrasamente que lhe levo os meus agradecimentos pelo livro que devo a sua expontânea e cativantíssima generosidade   Três Gerações. Só agora as minhas tarefas de urgência me deixaram uma breve trégua para o ler. E porque acabo de o fazer, e com prazer e proveito, aqui estou a exprimir lhe um reconhecimento que ja não deriva apenas da penhorante lembrança de mo enviar, senão também do valor intrínseco do que me enviou. Sou cada vez mais luso brasileiro e por isso acolho com vivo interesse quanta página me rasga perspectivas para o Brasil mais distante e mais íntimo, o que está para lá da zona litorânea, onde ecoa a Europa e os U.S.A. projetam seus tentáculos. Os seus ensaios dão me dessas páginas, ao mesmo tempo me abeirando das do Leota e Fran Martins. Depois, há críticos que se interpõem entre o leitor a os criticados e é a eles e não a estes que nós vemos. Não é desses o meu prezado camarada, que põe no escrever escrupulosa objetividade, que o não priva de, em certos passos, nos dar aspectos mais sutis por processos que para suas aptidões de crítico chamou a atenção. É, por exemplo, nas ps. 87 a 88, o que nos diz sobre o estilo do Leota e a personalidade que nele se projeta e vive" (Carta de Lisboa, em 14/7/50).

  5. LUÍS DA CÂMARA CASCUDO:

    "Pápi Júnior e um nome fatal, no sentido do inarredável, de todo o Nordeste.Do grande e soberbo Leota o seu retrato é uma delícia. Retrato ? Ressurreição antes do Juízo Final. Está inteiro e vivo, natural e perfeito, de comunicante simpatia humana, irradiante de graça, de feitiço, de alegria cearense.Fran Martins bem merece seu ensaio lindo. É outra viagem através de um mundo real que esse grande romancista está criando, impondo ao Brasil, orgulhando a todos nós !" (Carta de Natal, em 8.06.50).

  6. OTTO MARIA CARPEAUX:

    "As Três Gerações, além do estudo penetrantante sobre o nosso amigo Fran Martins, agradaram me sobre maneira por eu possuir agora enfeixado em volume seu insubstituível trabalho sobre Pápi Junior" (Carta do Rio, s/d).

  7. ROGER BASTIDE:

    "J'avais lu votre excellente étude sur Fortaleza e vos travaux de la Revue. J'ai été particulièrement sensible à l'envoi de votre dernier livre: Três Gerações. J'avoue que je connaissais pas Papi Júnior; mais, en etudieux du folklore brésilien, j'avais beaucoup fréquenté Leonardo Mota et j'avais eu aussi le plaisir de pouvoir lire quelques ouvrages de Fran Martins. Aussi est ce avec beaucoup d'interêt et de curiosité que j'ai lu ces deux chapitres de votre livre; j'y ai beaucoup appris et j'ai trouvé, dans vos jugements, une sûreté d'analyse, une pénétration, dont je vous félicit trés sincèrement. Après avoir lu votre étude sur Leonardo Mota, on aime devantage cette personalité, extrêmement attachante, comme après avoir lu mieux l'originalité et l'importance de ce jeune écrivain du Ceará. Mais ces trois études critiques sont en même temps des "coupes" en profondeur, qui mettent en lumière l'évolution culturelle d'une province, depuis d'époque de la culture plus collective (clubs, societé) jusqu'à la culture plus individualiste de nos jours comme d'une pensée plus cosmopolite à une litterature plus regionaliste, par la médiation d'ailleurs du folklore. En vous remerciant, je vous prie de croire, cher Monsieur et collègue, a mes sentiments bien devoués. . ." (Carta de São Paulo, em 13/4/50).

Sobre A Pequena História do Ceará

  1. CARLOS D'ALGE:

    "Na Pequena História do Ceará Raimundo Girão colocou todo o carinho pelo nosso Estado, que conhece como ninguém, procurou a objetividade e a conseguiu, descreveu a terra com fidelidade, retratou a com justeza. A sua história é a história de todos nós, cearenses ou não, que têm neste rincão a sua morada, dos nossos ancestrais, dos pioneiros e colonizadores. Nesse roteiro o leitor não se perderá nunca, pois mestre Girão é seguro timoneiro e não deixa o barco à deriva, pois que construiu a sua obra com grandeza e serenidade, sem deixar se jamais tocar pela parcialidade ou pela paixão".(O POVO, ed. de 03.10.82).

  2. EDUARDO CAMPOS:

    "Tem se nessa PHC toda a dedicação de um dos seus estudiosos mais diligentes. A obra é simples, não pretende outra coisa senão servir. Fá lo, naturalmente e de modo claro, numa lin­guagem amena, em que a própria lembrança de datas, de fatos sobe­jamente sabidos pelo seu historicismo flagrante, não vulgariza a lei­tura. Obra didática, diga se de passagem, mas de um didatismo que ambiciona, e alcança, a liberdade de expressão, a oportunidade de repassar o passado com pensamento mais apropriado.E sem deixar de ser obra caracterizadamente literária, porque a hist6ria, pelo menos a nossa, deve ser ensinada assim, como faz Rai­mundo Girão" (UNITÁRIO, ed. de 4/7/71).

  3. GUSTAVO BARROSO:

    "[...] explêndida Pequena História do Ceará. Ex­plêndida, na verdade, pela simplicidade elegante do estilo e a segu­rança perfeita do comentário. Sua leitura deu me momentos do mais puro prazer mental e muitas vezes, durante a mesma, fechei os olhos para ver no fundo remoto do passado, aqueles acontecimentos de nossa terra e nossa gente que você tão admiravelmente escreveu". (Carta do Rio, s/d ).

  4. HÉLIO VIANNA:

    "Pequena" apenas no título, suas páginas contém uma síntese das mais bem feitas, digna da terra de Capistrano de Abreu. Vindo da pré história à fase contemporânea, o livro em apreço é merecedor de amplos louvores, tantas são as qualidades de seu autor e tão grande é o número de informações preciosas no volume enfeixadas. Seria de desejar se que outras unidades territoriais do Brasil entrassem com trabalhos do gênero da Pequena História do secretário do Instituto do Ceará" (Revista de História da América, México, ns. 37 38, de 1954, ps. 505 506).

  5. HERMAN LIMA:

    "[...] obra modelar, que bem seria, de desejar prosseguimento em outras tantas Unidades da Federação, relativamente a cada Estado". (Carta do Rio, 3m 18/1/59).

  6. JOSE BONIFÁCIO CÂMARA:

    "... Pequena História do Ceará. Pequena só no nome. Ela é uma das obras básicas da historiografia cearense" (Carta do Rio, em 27/9/84).

  7. LUIS DA CÂMARA CASCUDO:

    "Sua Pequena História do Ceará foi lida e admirada e já citada num estudo que terminei sobre Mossoró, na parte sobre o movimento da Abolição. É bem livro de maturidade, de meio dia mental, alto, claro, harmonioso. Sente se o autor dono de sua técnica, senhor das fontes, fixando o que pensa, manejando um vocabulário dúctil e plástico, numa delícia de fixação verbal, oportuna e justa. Acompanha se V. na viagem através da quarta dimensão cearense, vendo a terra povoar se,estender se, nascer o curral de gado, a casa da fazenda, a capela, po­voado, vila e cidade. E a massa humana se desloca, natural, da pan­cada do mar ao interior, batendo a indiada, erguendo o arraial, crian­do o município, fazendo política, poesia, eloquência, todas as for­mas da atividade cerebral. Da Capitania segue se o desdobramento para a Província e depois o Estado. E tudo evocado corn nitidez, com um estilo ágil e serelepe, que dá gosto ler e deve reler. Um livro ótimo, seu Girão! História para divulgar se, para aprender se num sentido do geral, da aproximação humana, do contágio social, e as­sim, como V. fez, com inteligência, gosto e vontade cearense, sinôni­mo insuperável de vitória. Receba meus parabéns e todos os agradecimentos pela bondade do envio. Quem dera que todos os Estados possuissem uma "pequena" História do tamanho grande da sua, do seu modelo, simples, transparente, sólido bloco de cristal, indeformável para todos os ângulos da percepção" (Carta de Natal, em 27/2/54).

  8. MATOS PEIXOTO:

    "Devido às minhas ocupações sempre instantes, somente há pouco tempo conclui a leitura da sua preciosa Pequena História do Ceará, que de pequena só tem o nome. Não me refiro ao número de páginas, mas a substância. É mais uma história da civilização cearense do que uma história episódica. Haja vista os capítulos magistralmente traçados sobre a pré história, o pastoreio a as charqueadas, a mineração e outros. Enfim, sinceramente lhe digo: gostei imenso do seu livro, onde muito aprendi" (Carta do Rio, em 31/5/55).

  9. MONTEIRO DE MORAIS:

    "Muito aprendi, com a sua leitura, e muito que como cearense devia aprender, e mais, a sua leitura convenceu me, em definitivo, de ter sido a nossa "loura desposada do sol" fundada, não pelo valente cabo de guerra, Soares Moreno, a quem o Ceará também tanto deve, mas pelo "cristão" flamengo   Matias Beck. Esta dúvida, que de contínuo tanto assaltava o meu espírito, ficou definitivamente esclarecida [...] Com esta sua não "pequena", porém "Grande História.do Ceará", você me proporcionou,meu nobre amigo, horas de embevecimento, de suaves recordações e saudades, durante os quais, espírito e coração, aí estive entre vocês, pobre de mim, o menor filho da gleba sagrada. Agradeço lhe a homenagem com que me distinguiu, lembrando se de mim. Ela tem o valor de uma cara pepita, destas que você, incansável garimpeiro, vive a procurar nos garimpos do próprio coração da nossa terra" (Carta do Recife, em 20/10/62).

  10. MOZART MONTEIRO:

    "Não é pequena em nenhum sentido, constitui a primeira síntese histórica daquele Estado, elaborada de acordo com as fontes até agora conhecidas.Não é um resumo didático, como a História do Pará, de Theodoro Braga; a História do Estado do Rio de Janeiro, de Clodomiro Vasconcellos; a História do Distrito Federal, de Max Fleiuss, ou a História de Santa Catarina, de Lucas Boiteux. É uma síntese histórica extraída também das próprias fontes. Não se destina a estudantes porque não obedece a programa escolar; mas deve ser lida pelos professores, por todos os professores do Ceará, e por todos os cearenses cultos, onde quer que residam" (De um jornal de Sao Paulo).

  11. SÍLVIO JÚLIO:

    "Li completa e atentamente a sua Pequena História do Ceará, tão metódica e clara, fácil e simples, sem complicações científicas e problematicamente filosóficas. Aplaudo lhe o bom senso, a sua seriação lógica dos fatos demonstrados e adquiridos, a realística exposição de verdades equilibradas e não hiperbólicas (...) Pequena História do Ceará demonstra o seu determinado e firme conceito de compendiação. Não o baralha o obscuro.É, real­mente, um bom compêndio popular ou de divulgação,que difere do didatico [...] Assim, louvo lhe a magnífica Pequena História do Ceará, incluindo a na lista em que figuram compêndios magistrais, como os de João Ribeiro, Rafael Altamira, Carlos Pereyra, Chesterton. Curtos e bons. Sintéticos e metódicos. Densos e seletivos" (Carta do Rio, em 3/9/54).

  12. THOMAZ POMPEU SOBRINHO:

    "[...] representa a primeira tentativa de síntese histórica do Ceará, arrumada de acordo com um plano bastante racional para, oportunamente, orientar de certo modo aquela parte da história a que nos referimos, fecho do grande empreendimeno com que o Instituto do Ceará está brindando às letras cearenses , com estóico despreendimento, fervorosa ânsia de acertar e prestar ao Brasil inestimável serviço. Assim pois, o trabalho do Dr. Girão, não apenas atende a prementes solicitações do momento no setor cultural e prático, como representa para o Instituto , de que é estimado rebento lateral, uma apreciável contribuição. ( Excerto do prefácio da Pequena História do Ceará, 3ª Edição.)

Sobre A Abolição no Ceará

  1. Pe. AZARIAS SOBREIRA:

    "Faz poucos minutos que passei a derradeira página do seu agigantado livro: A Abolição no Ceará, que li com a maior atenção e crescente enlevo. Sem qualquer sombra de adulação, posso afirmar lbe que há muito tempo não me caem debaixo dos olhos páginas tão cheias de interesse, de sedução, e portanto, tão bem ajustadas à grandeza do assunto a desenvolver. [. . .] A Abolição no Ceará aparece impondo se ao respeito dos mais exigentes paladares (Carta de Aracati, Ceará).

  2. ABDIAS LIMA:

    "Trata se de um trabalho meticuloso, digno de circulação nacional, pois aí Raimundo Girão revela mais uma vez o conhecimento da história cearense em todos os seus aspectos. Com esse livro, o leitor dispõe de um instrumento seguro quanto a liberdade dos escravos no Ceará, os nomes dos valentes defensores da abolição (João Cordeiro, José Correia do Amaral, Francisco José do Nascimento - Dragão do Mar   e outros). Justíssimo o parecer do Conselho Estadual de Educação. É, sem dúvida, um livro que faltava ao Ceará, à sua cultura, aos que amam as tradições de civismo e bravura da gente cearense, que, libertando os escravos antes que o fizessem as demais províncias do Império, escreveu a página mais viva, mais humana e mais sugestiva da sua própria história" (O POVO, ed. de 1 /6/84).

  3. BRAGA MONTENGRO:

    "[...] é mais uma contribuição valiosa que esse livro traz, não só à bibliografia de seu autor, já de si numerosa e brilhante, mas também à bibliografia do Ceará, frustrando assim a afirmativa de Capistrano de Abreu, segundo a qual a história cearense é a mais divulgada de todas as histórias regionais" (Correio Retardado, Fortaleza, IUC, 1966, ps. 161 166).

  4. JOSUÉ MONTELLO:

    "Levei comigo para São Luís o seu invejável estudo sobre A Abolição no Ceará. Primoroso. Já o havia lido aqui, por alto. Li o, agora, mais atentamente. Um afetuoso abraço de parabéns do muito admirador e velho amigo" (Carta do Rio, em 12/6/84).

  5. LUÍS DA CÂMARA CASCUDO:

    "Depois de ler esta A Abolição no Ceará, viva, atual, ágil, trazendo para a rapidez da percepção presente toda a documentação que V. dilue em graça, brilho, elegância, dá vontade de perguntar por que a Abolição no Brasil ainda aguarda o seu historiador atuante quando este está eleito num concurso de provas a títulos irrespondível. Lindo e grande livro, Girão, como tudo que lhe sai desta cabeça cearense onde Deus condensou luminosidade e calor frutificadores da terra bravia que tanto amamos" (Carta de Natal, em 22/10/56).

  6. SALOMÃO DE VASCONCELOS:

    "[. . .] precioso A Abolição no Ceará, cuja leitura fiz com muito deleite, do começo ao fim, sempre encantado com a beleza do livro em seu conjunto. Logo empolgou me o título, inclinado como sou também pelo assunto, sobre o qual já fiz massantes artigos, limitados embora ao cenário mineiro. Seu livro veio agora reviver uma página um tanto esquecida, do drama, na longínqua paragem do norte. E com que beleza   quanta pesquisa, quanta erudição e quanta estética, na forma e no estilo ornamento   ao correr da brilhante pena! É um livro, sem lisonja, que deve servir de exemplo para outros devotados escritores, que façam o mesmo no concernente a outras Províncias, para se ter assim a história completa, a "pintura viva" do que foi realmente a escravidão no Brasil" (Carta de Minas, em 25/6/57).

  7. SÍLVIO JÚLIO:

    "Recebi faz dias o seu ótimo, nobre e documentado livro A Abolição no Ceará, que li satisfeito e orgulhoso de ser nordestino. Você é trabalhador prodigioso e sábio, sem nenhum favor. Gostei e aplaudo, fervoso, os conceitos da sua obra séria e comprovada. Sua tenacidade clara e luminosa serve de exemplo aos confrades cá do sul, onde poucos se comparam com Você. Graças a Deus é Fortaleza o centro cultural de tanto vigor, cidade querida e alta em saber" (Carta de Petrópolis).

Sobre A Antologia Cearense

  1. BRITO BROCA:

    "E já que estamos na época das antologias, não podemos deixar de destacar, entre as mais interessantes, capazes de prestar serviço aos estudiosos, como obra de referência, esta Antologia Cearense (primeira série), organizada pela ACL com um prefácio de Raimundo Girão. Procura este, em cerca de vinte páginas, esboçar um panorama do desenvolvimento cultural do Ceará, desde a instalação do Liceu, em 1845, até os nossos dias. Embora a antologia seja dada como organizada pela ACL, do práfacio de Raimundo Girão, conclui se que é ele o responsavel pela mesma, tendo sido dele o critério de seleção e as excelentes notas biográficas, acompanhadas sempre do retrato de cada autor. Tratando se de uma primeira série e de esperar se que a outra ou as outras apareçam" (CORREIO DA MANHÃ, Rio, ed. de 26/10/58).

  2. HERMAN LIMA:

    "Aliás, outro dia, Andrade Murici, a quem dei um dos volumes que trouxe, me disse que, no gênero, foi a melhor antologia estadual que já leu, principalmente pela excelência das notas biobibliográficas" (Carta do Rio).

  3. JOAQUIM PIMENTA:

    "Venho agradecer a sua gentil oferta de um exemplar da Antologia Cearense com uma dedicatória que diz, com eloquência, da sua generosidade com o amigo, aliás, já antecipada com a inclusão de páginas de Retalhos do Passado com centenas de outras selecionadas para documentarem, em visões de relance, o que tem sido a nossa terra em contribuição literária a evolução cultural do Brasil. Sem qualquer espírito de bairrismo, nenhuma província, no Império, nenhum Estado, na República, nos sobrepuja em qualidade e número de obras e autores, em qualquer gênero de literatura, desde a de imaginação, poesia ou romance, a de crítica, de ciência ou nos domínios do pensamento filosófico. É o que transparece na síntese, realmente brilhante, em que você condensou a história da Cultura Cearense" (Carta do Rio).

  4. RIBEIRO RAMOS:

    "O poder de síntese de Raimundo Girão se evidencia de maneira brilhante a insofismável nas páginas maravilhosas desse ensaio (A Cultura Cearense)   chamemo lo assim   e onde vamos encontrar numa condensação magnífica, toda a história do nascimento da evolução da Cultura de nossa terra, desde que surgimos no cenário da vida do País como núcleo civilizado. Compulsei com grande carinho o volume que a pertinácia, a coragem, e, sobretudo, o amor às letras, de Raimundo Girão, acabam de oferecer ao Ceará a ao Brasil, e que veio enriquecer a minha estante com uma amável dedicatória do audaz organizador. E fui compensado, meus queridos amigos. É que reli belas páginas que encheram de luz os dias da minha juventude e entrei em estreito e íntimo contato corn numerosos valores do nosso Ceará bem amado, que é grande em tudo, até no sofrimento" (Correio do Ceará, ed. de 2/4/58).

Sobre A Geografia Estética de Fortaleza

  1. BRAGA MONTENEGRO:

    "Este livro de Raimundo Girão será talvez a obra mais completa que se tem escrito sobre a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunssão, um livro bem acabado de forma a conteúdo, e que ficará na bibliografia do autor, ao lado da Pequena História do Ceará, como uma das mais valiosas contribuições à crônica histórica desta província" (O POVO, ed. de 25 26/2/67).

  2. CAIO PORFÍRIO CARNEIRO:

    "Que livro conterrâneo! E come aprendi. E eu que pensava que conhecia a história da minha cidade...Mas quem, como nós conhece o autor, que nos brindou, ao longo de tantos anos, com valiosiíssmas obras nascidas da sua erudição e do seu talento, não tem do que se admirar. . . Temos muito a lhe agradecer. Aqui, neste livro, não está apenas a geografia estética da nossa cidade. Aqui não está apenas sua história. Aqui está tudo isto e o seu passado, presente e vivo, vivíssimo, impressionantemente perpetuado como em tela panorâmica. O boticário Ferreira, para se citar apenas este, é neste livro figura impressionista de personagem de ficção. Isto é quase romance histórico também. Mestre Girão! Puxa vida! Que livro! Ainda estou tonto, Mestre, respirando fundo do longo mergulho. Saí dele doente de saudade da querida Fortaleza. E o culpado foi V." (Carta de São Paulo, em, 10/09/80).

  3. CLODOMIR TEÓFILO GIRÃO:

    "Ningum, até hoje, escreveu nada de mais alto e belo sobre a nossa Capital do que aquele de cuja pena de mestre saiu, ha duas décadas, este formoso livro, que e a Geografia Estética de Fortaleza" (Correio do Ceará, ed. de 1/10/80).

  4. EDUARDO CAMPOS:

    "Todos nós, habitantes de Fortaleza, temos especial ternura pela sua vida, pelo seu passado. Se somos intelectuais não há por onde evitar dedicar lhe um poema, uma crônica de louvação como aquela do poeta Otacilio Colares, que ate hoje relembro com satisfação. E o prazer, certamente, de cortejar a dama de nossos amores, que nos impele ao verso, a rememoração, ao conto ou ao simples conversar de louvação. Por essa razão é que o livro de Raimundo Girao   Geografia Estetica de Fortaleza   é um reencontro de memórias que cada um de nós imaginou escrever, e que não o fez, e que nos faz gosto e faz ciúmes, feito assim, com tanto carinho por mãos tão hábeis" (UNITÁRIO , ed. de 18/10/59).

  5. FRANCISCO CARVALHO:

    "[...] O que mais impresiona em Geografia Estética é que, sendo embora um livro essencialmente técnico, na medida em que analisa fatos e acontecimentos ligados à história do Ceará, não nos enfada um só momento; pelo contrário, somos enfeitiçados pela musicalidade das frases bem construídas e pela poeticidade de uma linguagem rica de significados a de invenções. É que o Senhor escreve com pena de humanista, dentro de uma perspectiva de abrangente universalidade. Livro épico, em que conta e canta os fatos que, pelo inescrutável desígnios dos deuses, fizeram a grandeza e a miséria de nossa terra a de nossa gente" (Carta de Fortaleza, em 17/03/80).

  6. FRAN MARTINS:

    "Inegavelmente, o livro de Raimundo Girão faz nos amar mais ainda a capital cearense, integrando nos em sua vida, no seu passado, na sua história. Que maiores elogios se pode dar a um escritor que consegue fazer isso com o leitor?" (Revista C1ã, n° 19, ps. 84 85).

  7. HÉLIO GALVÂO:

    "Geografia Estética de Fortaleza, que só vim a conbecer na 2ª edição, dobrou me os encantos. Da sua pena, ou da sua máquina, temos o direito de esperar bons trabalhos. Mas este, a partir do título, é livro à parte. Voce repovoou, trazendo os a vida, os velhos moradores da cidade e evocou as casas, os caminhos, a geografia que o urbanismo transformou. Também os acontecimentos, as festas alegres e aqueles fatos, alguns trágicos" (Carta de Natal, em 24/6/80).

  8. JÁDER DE CARVALHO:

    "Este livro é mesmo a nossa lírica cidade em corpo e alma, nos dias em que o autor, com saudade, exatidão e gra­ça, registrou e pintou um trecho da existência da hoje grande urbe tão pequena nos dias em que eu e ele frequentávamos o Liceu do Ceará".

  9. JOÃO CLÍMACO BEZERRA:

    "Se eu pudesse resumir a impressão total do livro em uma única palavra, eu chamaria de "delicioso". Não vai o mínimo sentido pejorativo na expressão. É realmente uma delícia essa Geografia Estética de Fortaleza" (UNITÁRIO, ed. de 8/11 /59).

  10. JOSÉ ALCIDES PINTO:

    "O escritor Raimundo Girão, com sua fluente maneira de narrar os acontecimentos, que lhe valeu o slogan "escreve bem porque pode", realizou um trabalho que dispensa o mais justo comentário, porque afinal de contas o que vale é a produção em si. E ela aí esta para falar por si mesma, sem a necessidade de esteio alhures, e recomendação" (UNIT, ed. de 31/1/60).

  11. JOSÉ AURÉLIO SARAIVA CAMARA:

    "[. . .] admirável Geografia Estética de Fortaleza, o mais completo e o mais fundamentado trabalho já escrito sobre a capital cearense desde suas origens aos nossos dias, fartamente ilustrado e elaborado à vista de uma documentação segura e extensa. Só a autoria deste livro, obra de consulta obrigatória a quern quer que se preocupe com a história fortalezense, assegura a Raimundo Girão a gratidão da cidade que tão carinhosa e autorizadamente retratou" (O POVO, ed. de 7/8/65).

  12. JOSÉ HENRIQUE GIRÃO:

    "Acabei de ler o seu precioso livro, onde demorei me na apreciação do conteúdo histórico, mas, de uma forma especial, no estilo do autor, na forma bonita da descrição em que ele se revela um esteta da palavra escrita [. . .] Um estilo de escrever à Machado de Assis, que se afirma na pureza da linguagem, no jeito de apresentar literariamente a história de uma cidade que lhe a tão cheia de encantamentos. A geo história de Fortaleza tem em Raimundo Girão o maior apresentador de suas belezas e acontecimentos dos mais interessantes, e que lhe emolduram a vida nos últimos séculos. E como ele sabe contar com graça e verdade, todos os aspectos de sua terra natal na transição para o progresso, transmitindo aos que o lêem um conhecimento que, muito poucos, tem a satisfação de possuir" (CORREIO DO SUDESTE, Criciúma, ed. de 8/ 11 /80).

  13. NELSON W. SODRÉ:

    "Na Geografia Estética de Fortaleza, de Raimundo Girão, encontram se os traços da vida provinciana,num levantamento em que o carinho se confunde com o esforço cultural em meios cujas estreitezas são fixadas por coordenadas intransponíveis. Trata se de uma História de cidade, conquanto o autor se esforce, desde as palavras introdutórias, por situar o livro no campo que especifica no título. E carece de importância, evidentemente, o rigor na classificação; importante é o esforço que se verifica em Fortaleza, girando em torno de uma jovem Universidade, para criar um meio intelectual de larga projeção e, ao mesmo tempo, autêntico. Conquanto o travo provinciano, sem nenhuma malevolência, esteja presente nesse esforço, e portanto nesta obra, ele é digno de estima e ela se apresenta como um de seus feitos mais importantes" (O SEMANÁRIO, S.P. ed. de 28/5. a 3/6 de 1060 ).

  14. NERTAN MACEDO:

    "Vou lendo devagarinho, neste sábado espichado esonolento, essa Geografia Estética de Fortaleza, um poema, um livro de ternura e história escrito por Raimundo Girão, há pouco reedita­do pelo Banco do Nordeste [ ...] Esse Raimundo. Girão poético e geográfico que neste sábado carioca, plúbeo e frio, vem para me sussurrar aos ouvidos o mistério e a doçura do Rostro Hermoso, banhado em sol, lá longe, muito longe, bem perto daquela serra que ainda azula no horizonte. . ." (Agreste, Mata e Sertão, 1984, ps. 20 22).

Sobre Matias Beck - Fundador de Fortaleza

  1. ABDIAS LIMA:

    "Esta de parabéns a nossa capital. Temos um historiador que conhece cada pedra cearense, como um Câmara Cascudo que sabe a história de cada pedra riograndense do norte, e Gustavo Barroso que dava liçõess magistrais a respeito de cada pedra do Brasil" (POVO, ed. de 21/5/62).

  2. EDUARDO CAMPOS:

    "O volume, que é de aspecto fino, não esconde sua posição de cavalheiro aguerrido que, de espada a mão, não vacila em cutilar os seus adversários, cáusticados por sua pena brilhante. E lhe realçando pontos controvertidos, desconfrontos, converte os em fanáticos, que, levados por intolerância religiosa, não tiveram tempo de melhor afiar os seus conhecimentos" (UNITÁRIO, ed. de 29/4/62).

  3. JOSÉ AURÉLIO SARAIVA CÂMARA:

    "Sobre as origens da cidade, sobre a responsabilidade da sua formarção, trazendo luz a um tema controverso e tomando o partido que a História mostra ser o correto e justo escreveu ele Matias Beck - Fundador de Fortaleza, um dos seus trabalhos mais recentes. Tratando se de um livro polêmico nem por isso deixa dúvidas visto como o escreveu à base de séria documentação e de seguro raciocínio sobre os fatos ligados a fundação da cidade, nucleada e ampliada em torno do castelo que o chefe da segunda expedição holandesa aqui plantou em 1649" (O POVO, ed. de 7/8/65).

  4. LUIS DA CÂMARA CASCUDO:

    "Lido o Matias Beck. Sou suspeito na participação do julgamento por divulgação antecipada da opinião atinente ao fato em debate: Geografia do Brasil Holandês, Rio de Janeiro, 1956, transcrita à pag. 86 do seu vigoroso a claro ensaio. Para min o forte Schoonenborch é a velocidade inicial de Fortaleza" (UNITÁRIO, ed. de 2/12/62).

  5. MATOS PEIXOTO:

    "Recebi o Matias Beck. É irrefutável: o fundador de Fortaleza foi Matias Beck. Admira que, diante da prova inegável, haja ainda quem o conteste por sectarismo religioso, que desconhece veritas super omnia" (Carta do Rio, em 17/2/65).

  6. NERTAN MACEDO:

    "Um reduzido grupo capitaneado por lustre lider católico insurgiu se contra a revelação de Raimundo Girão, em nome da tradição religiosa. Girão, porém, não recuou e esgotou brilhante­mente a sua argumentação, provando por A mais B a origem flamen­ga da capital do Ceará. Para isso escreveu um livro reconhecidamente irrefutável   Matias Beck   Fundador de Fortaleza" (UNITÁRIO, ed. de2/ 12/62)

  7. PANTALEÃO DAMASCENO:

    "Quando surgiu a controvércia com relação ao fundador de Fortaleza, Raimundo Girão, num imperioso desejo de provar que foi realmente Matias Beck o fundador da nossa capital, ecreveu um livro: Matias Beck – Fundador de Fortaleza e até hoje ninguém o contestou”. (UNITÁRIO, ed. de 19.07.1964)

  8. QUIXADÁ FELÍCIO:

    "Quero abraçá lo, Girão. Porque você me tirou da mentira. Eu cresci pensando que a fundação de Fortaleza era obra de Martim Soares Moreno. Até me arrepiava quando falavam em Matias Beck, que eu tinha a idéa de um salafrário da melhor espécie. Não gosto de mentiras. Não entendo de História, acho um sacrifício enfiar o nariz em arquivos, buscar vivências que estão madorrando na poeira dos séculos. Porém, não precisa a mínima inclinação para tais estudos, pode haver até idiossincrasias. Não importa. Quem for ao seu Matias Beck   Fundador de Fortaleza, sai doutor. Nao há outra verdade a contar. Nem a entronisar em altares de sofismas e outros expedientes que o born senso não quer ver nem em noites de gala que festejam e preconceitos de qualquer natureza" (UNITÁRIO, ed. de 13/4/62).

  9. RIBEIRO RAMOS:

    "Sereno, como sempre, o pesquisador Raimundo Girão desce ao fundo do poço, e, audaz mergulhador, sobe à tona, trazendo nas mãos fortes as provas da sua afirmativa. Tomando por empréstimo a linha de um pensamento do luso genial, pode se dizer que, corn a publicação de Matias Beck   Fundador de Fortaleza, rasgou se o veu diáfano da fantasia. fazendo surgir a nudez forte da verdade que ninguém mais contesta" (O POVO, ed. de 28/3/82).

Sobre A Ecologia de um Poema

  1. LUÍS DA CÂMARA CASCUDO:

    "... lição magistral sobre Iracema" (Car to de Natal, em 26/10/71).

  2. MATOS PEIXOTO:

    "A sua Ecologia de um Poema levou me a reler Iracema em face do seu belo livro de concepção tão original. Corn franqueza the digo que agora é que eu entendi, corn as cores locais, o grande poema em prosa. Foi uma notavel contribuição para a compreensão exata de Iracema. Sob esse aspecto nenhuma outra se lhe iguala" (Carta do Rio, em 2/9/66).

  3. NAIR CARVALHO:

    "Como não podia deixar de acontecer, a sua leitura foi um grande prazer para mim. Tudo resultou ótimo, pois uma história tão bonita, de uma terra assim romantica, somente poderia ser comentada por alguém, como o senhor, corn o seu talento e a sua alma de poeta" (Carta do Rio, s/d).

Sobre O Vocabulário Popular Cearense

  1. EDIGAR DE ALENCAR:

    "A abundância dos verbetes e a sua clareza, aqui e ali com abonações literárias (podia haver maior quantidade), são qualidades altas do livro, talvez o mais importante da obra de Raimundo Girão. Outra bondade será a coragem de escrever os vocábulos com todas as letras a dar lhes a exata a preciosa significação popular. RG não se aceitou na sombra do circunlóquio. Preferiu a clareza solar do turpilóquio com toda sua crueza, mas gordo na sua significação por vezes contundente mas sernpre expressiva e pitoresca. Sob o aspecto, o Vocabulário deve servir de modelo aos dicionaristas putibundos ou aos pesquisadores reticenciosos que não se coadunam com a hora atual, liberta de tabus e medo das palavras ou expressões, que no entanto pululam nos romances, nos poemas, nos filmes, no teatro, etc." (O DIA, ed. de 24 25/12/67).

  2. JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA:

    "Recebi o seu Vocabulário Popular Cea­rense. É um livro diferente dos do seu gênero, livro de filológo e erudito" (Carta de João Pessoa, em 30/8/67).

  3. LUIS DA CAMARA CASCUDO:

    "V. não sabe o que fez com o Vocabulário Popular Cearense. Um encanto, seu Girão! Imagine que é livrinho lido e intimamente gabado como noiva rica pela familia do noi­vo pobre. A única pessoa desconfiada do mérito é justamente Raimundo Girão, a quem Deus guarde!" (Carta de Natal, em 27/ I /70).

Sobre Palestina, uma Agulha e suas Saudades

  1. Pe. AZARIAS SOBREIRA:

    "Folheando o novo livro de Raimundo Girão, é de notar o espírito de justiça característico de quem o escreveu. Não só justiça, mas igualmente isenção de vistas ao ter que julgar as qualidades até daqueles com quern entrou em desentendimento. Nem uma só vez se lhe vislumbra despeito ou azedume, e sim a preocupação dominante de ficar sempre a cavalheiro de sentimentos da aversão ou simples desafeto. Ao fechar se o volume, fica nos a impressão de termos passado em revista, como em sugestiva fita cinematográfica, todo o drama do povo cearense, tanto em suas arrancadas de entusiasmo quanto na tragédia de suas reivindicações, na sua ânsia secular de conseguir um lugar ao sol sob o comando e inspiração de seus pró homens" (Correio do Ceará, ed. de 8/2/73).

  2. BLANCHARD GIRÃO:

    "É uma peça literária de muita valia, um roteiro sentimental, uma coletânea viva de interessantes episódios da vida cearense, mas, ao contrário dos outros livros do ilustre parente, não me parece uma obra de absoluto rigor histórico. Não que os episó­dios não sejam reais. Porém, porque os personagens da História ja­mais seriam tão puros como os pintados pelo Autor, mesmo por­que, em larga parte da obra, ele se detém na apreciação de fatos e figuras da Política local e nacional [. . .] Pretende, e alcançou sem dúvida, mostrar aos pósteros como se conduzir na vida sem arranhões, perdoando, aceitando, renunciando e, acima de tudo, amando muito, porque a Palestina, não ha como negar, é uma bela lição de amor". (Correio do Ceará, ed. de 31/3/73).

  3. BUGYJA BRITTO:

    "Palestina, uma Agulha a as Saudades é repositário de recordações, de reminiscências enternecidas e de relembrangas sentimentais. Você, meu caro Girão, corn elevado estilo e sentido e poder descritivo, conseguiu contar a sua vida   útil ao Ceará e ao Brasil" (Tribuna do Ceará, ed. de 16/3/85).

  4. CLODOMIR TEÓFILO GIRÂO:

    "Para quantos nascemos sob os auspícios do Divino Espirito Santo, às margens do Banabuiu, o livro autobiográfico de Raimundo Girão nos encanta tanto mais quanto muitas figuras moradonovenses, que nos são muito familiares, vem ate nós, através da leitura de Palestina" (Correio do Ceará, ed. de 18/2/83).

  5. EDUARDO BEZERRA NETO:

    "Lendo Palestina descobri um Raimundo Girão novo, como que visto do ângulo oposto ao que tenho observado até aqui. Explico me. O historiador fiel coloca adiante a frieza da observação e análise dos acontecimentos, que é obra do intelecto, e matiza o seu trabalho imprimindo lhe alma, que é obra do corarção. Ao escrever Palestina o Sr. fez o inverso, isto é, colocou o coração adiante; contudo, sem perder a fidelidade dos eventos. Resultou uma bela obra, não fria, mas sim cálida, e rigorosamente histórica" (Tribuna do Ceará, ed. de 2/3/85).

  6. EDUARDO CAMPOS:

    "A vida do memorialista esta presa no tempo e no espaço a dois pontos que significam a mesma coisa: amor a terra, amor ao Ceará: a fazenda "Palestina", às margens do rio Banabuiu e o "Passaré", refúgio e paraíso: pedaço de integridade selvagem, com sua lagoa, seu bosque de árvores seculares, latifúndio de paz para quem se propõe e o merecido descanso do guerreiro que soube tra­balhar" (Correio do Ceará, ed. de 22/10/72).

  7. EUNALDO COSTA:

    "Vós sois, Sr. Raimundo Girão, um escritor que pri­mais pela elegância da forma, pela beleza das imagens, pela exatidão das idéias, cultuando o idioma pátrio com desvelo e carinho, colo­cando os pronomes e adjetivação com justeza e correção. A vossa prosa desliza como veio cristalino, cheia de colorido e musicalidade, enlevando a alma da gente. Através da leitura da vossa obra sentimos que o nobre Acadêmico é possuidor de grande cultura clássica, hau­rida, talvez, nos filósofos greco romanos" (Carta de Aracaju, em 09.09.1974).

  8. JOSÉ BONIFÁCIO CÂMARA:

    "Este livro é um dos meus preferidos e não sem razao. La aparece um lindo painel do nosso Maranguape, pintado 15 anos antes do meu nascimento, mas com diferenças mínimas do que eu conheci. Recordo quase todas as figuras humanas, debuxadas por mão de mestre, as ruas, os bairros, os rios e a serra! Mas, acima de tudo, ele conta a vida de um Homem, com h maiúsculo, com muitos serviços prestados à cultura, à terra e à gente cearense!" (Carta do Rio, em 12/12/84).

  9. JOSUÉ MONTELLO:

    "Você, admiravelmente, continua a multiplicar se em belos livros evocativos. Parabéns. Obrigado por Palestina, uma Aguha e as Saudades. As memórias constituem um processo de reaver o passado. E você vai buscar as suas lembranças como historiador e como poeta" (Carta do Rio, em 27/12/84).

  10. MOZART SORIANO ADERALDO:

    "Sei que o espaço não da para resumir, não o livro (tarefa impossível de realizar se em simples artigo de jornal), mas a vida pública desse homem padrão que, não satisfeito com sua obra notável, quis ainda deixar nos valoroso depoimento de suas lutas, seus ideais, seu exemplo, como a dizer aos jovens pobres como ele o foi, à semelhanqa do gande poeta maranhense, que "a vida é combate que aos fracos abate a aos fortes e aos bravos só pode exaltar.[...] Vale a pena, destarte, ler essa obra de Raimundo Girão, a melbor, em meu modo de ver, de quantas, boas todas, escreveu. MeIbor porque, tendo as virtudes das demais, nesta o autor se debruça sobre os concidadãos, amistosamente, a mostrar como vale a pena ser útil e ser born" (Tribuna do Ceará, ed. 27/ I /79).

  11. RAIMUNDO ARAÚJO:

    "Belo livro! Humano livro! Gostoso e harmonioso livro, este seu Palestina, uma Agulha e as Saudades, Mestre, Amigo e Xará Dr. Raimundo Girão! Tem o sabor da verdade. Verdades eternas. As figuras de seu pai, sua mãe, ainda jovem, o Guarani Atlético Club, Maria Monteiro (e o seu perfume), Marizot! Vida de um grande homem, pedaços, pedações de História do Ceará" (Carta de Nilópolis, em 18/ 12/84).

  12. RIBEIRO RAMOS:

    "As letras cearenses estão enriquecidas corn a sua nova obra, e corn ela V. entrou, definitivamente, para a galeria dos grandes memorialistas do País. O Ceará está, assim, de parabéns" (Carta de Sobral, em 22.01.1973).

Sobre Os Bichos Cearenses na Obra de Alencar

  1. GUARINO ALVES:

    "Pode dizer se que se trata da continuação de um tema publicado em 1976: Botânica Cearense na Obra de Alencar e Ca­minhos de Iracema. Escrito com elegância acadêmica, uma vez que o autor é um estilista, o livro agrada da primeira à última página. Raimundo Girão, fecundíssimo, ardente escritor da vida e da cria­tividade alencarina, domina vários campos da literatura: historiógrafo, biógrafo e dicionarista. Citam no os melhores escritores na­cionais. Esse seu estudo, vazado na zoogeografia, é uma contribui­ção interessantíssima nessa área científica ligada à paisagem natural dos livros do imortal autor de Lucíola" (O POVO, ed. de 29/1/78).

  2. JORGE AMADO:

    "Raimundo Girão dedica um largo a interessantíssimo estudo aos Bichos Cearenses na Obra de Alencar, não apenas erudi­to, mas de leitura deliciosa" (O POVO, ed. de 12/3/78).

  3. LUIZ VIANNA FILHO:

    "Recebi os Bichos Cearenses na Obra de Alencar. É uma delícia de livro, apesar da aparência naturalmente árida. Num assunto difícil o meu amigo colocou boa dose de poesia, que torna o livro de leitura útil e agradável. Muito agradecido e grandes parabéns"(Carta do Rio, em 6/3/77).

Sobre A Cidade do Pajeú

  1. JOARYVAR MACEDO:

    "Foi, asseguro lhe, uma leitura sobremodo proveitosa. Não que desconhecesse o tema histórico enfocado. Na verdade, ele se me tornara familiar, desde que lançara meus olhos atentos sobre o seu irretorquível Matias Beck   Fundador de Fortaleza. Entretanto, sua observação de que o assunto vinha, na nova obra, recomposto, "com outra estrutura", como realmente vem, fez com que de logo me volvesse à leitura do estudo superiormente fundamentado. Nele, para a robustez de convicções já anteriormente firmadas, vi traçada e analisada, mais uma vez, por sua pena de mestre da Historiografia do Ceará, e de modo irrefutável, a legítima e verdadeira gênese da querida e fascinante Capital cearense, inquestionavelmente nascida na foz do decantado Pajeú" (Carta de Juazeiro do Norte, em 14/2/82).

  2. MOREIRA CAMPOS:

    "Já era esta a minha tese, mas agora, lido o seu livro e conhecido o farto material de convicção que ali está, reforço a certeza de que a nossa amada Fortaleza foi realmente fundada por Matias Beck: ali está enterrado o umbigo da nossa urbs. Não sou historiador, mas, como ficcionista sinto na História um pouco de Estória, não obstante a procurada realidade de uma e a fantasia da outra. Desse modo, sou um seduzido pela reconstituição dos fatos que envolvem o homem e o mistério do tempo. Dai a razão porque li com grande interesse, quer pela história em si, quer pela clareza a segurança do seu estilo (refiro me a sua própria contribuição, sem esquecer a excelência dos depoimentos de Gustavo Barroso, Cruz Filho, José Aurélio Câmara, Pe. Antonio Gomes, todos, por sinal, decisivos), quer pelas provas irrefutáveis que ali estão" (Carta de Fortaleza, em 18/2/82).

Sobre Os Municípios do Ceará e seus Distritos

  1. LAURO RUIZ DE ANDRADE:

    "Fruto de pacientes pesquisas nos domínios da historiografia, da geografia a da legislação, complementado por notas elucidativas referentes à etimologia e toponímia, esse trabalho, vem, de algum modo, preencher uma lacuna, de há muito tempo comentada pelos sócios do Instituto do Ceará   a falta ou ausência de um dicionário histórico geográfico cearense que contivesse, pela ordem alfabética, todos os verbetas a serem registrados. Renato Braga teve essa iniciativa, mas o seu desaparecimento frustou a nobre intenção, até hoje reduzida a um vago projeto, isto é, a continuação ou prossecução do referido trabalho. (O POVO, ed. de 21/7/83).

  2. RAIMUNDO ARAÚJO:

    "142 Municípios com seus 545 distritos são descritos, minuciosamente, com as suas áreas, formação, transformação, e filhos destacados e mais ilustres do Estado do Ceará, pelo historiador Doutor Raimundo Girão, nesse seu livro Os Municípios Cearenses e seus Distritos o qual presta relevante serviço, grande contribuição ao patrimônio cultural de seu estado e do Brasil" (VMF, ed. de 29/7/83).

  3. RAIMUNDO DE MENEZES:

    "Prezadíssimo Raimundo Girão: Recebi, com vivo prazer, e li logo, o seu bem interessante e proveitoso Os Municípios Cearenses e seus Distritos. Aprendi mais coisas sobre o nosso Ceará. Matei velhas saudades. Muito grato por estes agradáveis momentos" (Cartão de São Paulo, em 26/7/83).

  4. RIBEIRO RAMOS:

    "É obra que veio para ficar, por isso recebida com aplausos não só pelos numerosos amigos e admiradores do Mestre Raimundo Girão, como por todos aqueles que, administradores ou não, ou como homem de visão, se devotam ao Ceará e querem no grande e forte, como uma das mais belas unidades da Federação, um Ceará digno de sua forte gente. É uma obra de fôlego e por sua simples leitura vê se logo, como admirável trabalho de pesquisa, que ela custou ao Mestre Girão, apesar do seu lastro cultural e seus profundos conhecimentos de História e Geografia, um esforço imenso, à parte uma paciência beneditina, para chegar às fontes de informação, já que a quase totalidade das pessoas em nosso Ceará se mantém indiferentes a um pedido de dados relativos a História ou a vida das nossas comunidades a até mesmo à Genealogia de nossas Famílias" (Boletim Informativo da Casa do Ceará em Brasília, n° 74, 1984).

Sobre Fortaleza e a Crônica Histórica

  1. EDUARDO CAMPOS:

    "Poucos terão sentido (e vivido) tão bem, até hoje, a cidade de Fortaleza como o historiador Raimundo Girão. A ela, urbe afável e acolhedora, tem se dado o ilustre escritor, de corpo inteiro; ora dirigindo a administrativamente, não como burocrata, mas amante incontido; ora simplesmente a lhe questionar seus passados e sua história. Como se não bastasse os bons livros que já nos ofertou antes, dedicado aos dias e a sua gente, ei lo novamente a desfiar conhecimentos, a aprimorar observações, neste Fortaleza e a Crônica Histórica, recente maneira que encontrou para manifestar mais uma vez suas emoções à urbe de seus afetos. E se nos apresenta então, desta feita, mais cronista do que historiador, tecendo e retecendo idéas com deliciosa, forma íntima e coloquial de se comunicar, como se trouxesse à sua roda, para papear, uns quantos e apreciadíssimos louvadores dos encantos da cidade" (DIÁRIO DO NORDESTE, ed. de 7/1/84).

  2. LAURO RUIZ DE ANDRADE:

    "O último livro do historiador Raimundo Girão, por iniciativa da Casa de José de Alencar do Sítio Alagadigo Novo, é um apanhado geral de crônicas escritas pelos velhos Amigos de Fortaleza: João Brígido, João Nogueira, Eduardo Campos, Edigar de Alencar, Gustavo Barroso, Herman Lima, Mozart Soriano Aderaldo, Antônio Bezerra, e tambem pelo sistemático colecionador de fotos e discos de cera, o Nirez, nascido Miguel Ângelo de Azevedo. O amor espontâneo à terra onde a gente tern enterrado o umbigo, aumenta com o correr dos anos, mesmo quando se vive noutras paragens. Fortaleza eé a Cidade Amada dos cronistas. E a Praça do Ferreira pode ser a expressão real desse amor que começou na infância a se amplia na velhice" (Fortaleza, 31/12/83).

Sobre A Evolução Histórica Cearense

  1. JOSÉ ALCIDES PINTO: "Sem dúvida alguma, Raimundo Girão pertence aquela estirpe de homens bravos e heróicos, que vem de Capistrano de Abreu a Tomás Pompeu de Souza Brasil, Antônio Bezerra ao Barão de Studart, Alencar Araripe a Joao Brígido, Varnhagem e alguns outros. E tem mais: Raimundo Girão não se propõe só a fazer a história pela história. Ele sempre foi um autor polêmico, desses que não abrem mão na defesa de seus princípios   princípios estes baseados em pesquisas das mais autênticas e profundas. É que, antes de qualquer outra coisa, Raimundo Girão é um historiador nato, um apaixonado pela história, e mais que isso, pela verdade histórica, não a que se nega e afirma, como é comum aos cronistas de todas as épocas, pois em verdade a história, mesmo aquela que se baseia nos mitos, não deixa de ser verdadeira.

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    Outra ventagem leva nosso historiador em detrimento aos demais, que posam por esse País afora, e que se dizem a se proclamam a alto som o dono da verdade. Ele, Raimundo Girão, escreve muito bem, e possui uma visão abrangente dos fatos históricos. Sem transfigurá los, ele os apresenta com aquele espírito de síntese que é peculiar de sua escritura. E mais que isso, com uma linguagem apropriada a inteligível. E essa é uma qualidade rara, quer no historiador ou no ficcionista, no poeta ou no ensaista literário" ( O POVO, ed. de 11/5/86).

  2. LAURO RUIZ DE ANDRADE:

    "Mais uma vez R. Girão demonstra o critério de sua formação moral, pairando acima das paixões político partidárias que contribuem para a deformaçãao dos fatos. Mais útil do que a citação de nomes e personagens, ou de datas, preferiu focalizar os episódios originados pelas conjunturas periódicas de ordem econômica, quais sejam as fontes primárias da riqueza. Os capítulos dedicados ao cajueiro, algodão, mamona, maniçoba, cera de carnaúba, oiticica, lagosta, equivalem aos reservados a primeira saga da conquista, quando os lusos, flamengos e franceses, em mutua concorrência e rivalidade, perambulam ao longo do território litorâneo, na coleta do cobiçado ambar amarelo das praias, ou do minério de prata escondido nas grotas de Itarema e Maragoaba. Os primeiros núcleos demográficos eram constituídos de escravos negros, índios aliados a raros estrangeiros" (Tribuna do Ceará , ed. de 22/3/86).

  3. MAGDALENO GIRAO BARROSO:

    "O novo livro de Raimundo Girão, arremate feliz de toda uma contribuição à história do Ceará, haja vista a tríade representada pela Pequena História do Ceará, a História Econômica do Ceará e A Abolição no Ceará, constitui a esta altura o que de mais valioso se podia esperar, em termos de síntese e de autenticidade, para a preservação de nossa memória, enquanto o tempo a as traçaas não devoram a documentação existente. Na classificação científica das produçõess da categoria, cremos que Evolução Histórica Cearense não é apenas uma obra histórica, como a modéstia do título deixa entender, mas um verdadeiro trabalho de historiografia, através do qual o autor, em pesquisa beneditina e com arguto senso crítico, recompõe os mais importantes elementos documentais e as opiniões mais autorizadas sobre a nossa jornada civilizadora, desde os primórdios da descoberta até os dias atuais" (DIÁRIO DO NORDESTE , ed. de 13/4/86).

  4. MELQUÍADES PINTO PAIVA:

    "CoM o livro em mãos, atravessei a noite, até quase de madrugada, bebendo seus fortes e precisos ensinamentos. A obra É mais um marco para a cultura cearense. Espero que Deus o conserve lúcido e operoso por muitos anos, como uma forma de presentear a todos os cearenses, que se sentem honrados pela sua existência" (Carta do Rio, em 19/3/86).

  5. VASQUES FILHO:

    "[. . .] Enfim, é livro que consideramos indispensável aos estudiosos da sócio economia do Ceará, que merece nosso aplauso pelo trabalho de pesquisa, ratificando o conceito elevado em que é tido o ilustre Raimundo Girão, membro de destaque da Academia Cearense de Letras, autor de quase meia centena de livros de altíssimo valor, quer pela pesquisa, quer pelos elevados conhecimentos humanísticos de que é possuidor" (TRIBUNA DO CEARÁ, ed. de 26.06.86).

Sobre O Dicionário da Literatura Cearense (Em co-autoria com a Profa. Maria Conceição) Sousa

  1. ABDIAS LIMA:

    "O Dicionário da Literatura Cearense, de RG e Maria da Conceição Sousa, é um panorama deslumbrante das letras da Terra do Sol. Aqui estão centenas e centenas de de escritores do Século passado até os nossos dias, biografados e biografadas. Em tudo que há de bom está a cultura do historiador Raiimundo Girão e os dedos mágicos da inteligentíssima Maria da Conceição de Sousa”. (TRIBUNA DO CEARÁ, em 31.05.1987)

  2. CAIO PORFÍRIO CARNEIRO:

    "Grande Girão. Um viva bem grande pelo Dicionário da Literatura Cearense. Obra utilíssima e indispensável. De você nada me espanta. As novidades são constanters, vindas do seu talento e da sua lavra. E quem ganha é o Ceará”. (Carta do Rio, 1º.04.1987)

  3. DANTE DE LAYTANO:

    "Escrevo-lhe mais uma vez para de novo falar em seu magnífico Dicionário da Literatura Cearense, verdadeira obra prima de bom gosto e pesquisa honesta de uma riqueza impressionante, não só pela fartura da intelectualidade do Ceará, mas pela forma como os verbetes são redigidos.

    ...................................................................................................

    Que o livro é ótimo para ler, aprender e saborear, evocador de nomes grandes e pequenos, publicações festejadas ou não, mas cearenses. Terra do Sol e de inteligentes” (Carta de Porto Alegre, em 07.06.1987)

  4. ED IGAR DE ALENCAR:

    "O Dicionário da Literatura Cearense, não vem apenas preencher a lacuna do velho chavão, mas incorporar-se, definitivamente, aos melhores trabalhos até hoje ralizados em prol das letras do Ceará”. (Carta do Rio, à Maria da Conceição Sousa, em 06.06.1987)

  5. OSMUNDO PONTES

    "Dizendo que gostei do Dicionário da Literatura Cearense, não me expresso como exigem os altos merecimentos de seu trabalho. Na verdade, não apenas gostei, mas me entusiasmei com a dimensão da obra, que lhe deve ter tomado muitas horas e muitos dias de dedicação e pesquisa. O Dicionário é abrangente. Não apenas se propõe, mas mostra mesmo, como é rica a nossa literatura, constituída de verdadeira legião de abnegados cultores das letras, gente como você, com o bom senso de justíça histórica, teve a preocupação de arrolar a todos sem exceção. Seu importante trabalho (ao lado da nossa competente Maria da Conceição Sousa) é livro para ficar, e de consulta, não apenas para os de hoje, mas para os pósteros” (Carta de Forteleza, em 10.04.1987)

  6. PAULO RÓNAI:

    "O Senhor acaba de me presentear com em exemplar do precioso Dicionário da Literatura Cearense, valorizado pela assinatura dos dois autores. Agradeço-lhe sinceramente esta dádiva valiosa, reportário inestimável para todo estudioso das letras. É uma realização notável pela abundância de dados, pela indicação consequente das fontes e pela inserção das análises das obras cearenses mais importantes.” (Carta a Eurípedes Chaves Júnior, em 21.04.1987)

  7. RIBEIRO RAMOS

    "O seu Dicionário da Literatura Cearense veio preencher uma lacuna há muito aberta na História da Inteligência Cearense, ao trazer para diante dos nossos olhos, grandes figuras de outras épocas, evocadas com maestria e extremo desvelo, e ao colocar na extensa galeria dos notáveis, em alto relevo, todos aqueles que, nos dias luminosos do Presente, se devotaram à grandeza espiritual da terra de Alencar, amando-a, louvando-a, glorificando-a para a perenidade das coisas eternas.” (Carta de Fortaleza, em 30.03.1987)

  8. RUBENS FALCÃO

    "[...] Mais uma obra de grande porte, mais uma notável contribuição da sua inteligência e do seu amor à nossa tão sofrida terra. Confesso-lhe que me empolguei com o trabalho e não encontro palavras para exalatar a sua iniciativa e da colaboração dessa esplêndida e tão boa criatura que é Maria da Conceição Sousa. Creio-o ter-lhe dito, já algumas vezes, quanto aprecio a sua produção sobre temas cearenses. Você, Girão, resolveu não tomar conhecimento da idade. E assim, lúcido, competente e sempre brilhante enfrenta com sabedoria os assuntos mais diversos dque desafiam o seu "savois faire”. À Você devo o que sei do Ceará e a Deus peço continui a ampará-lo, dar-lhe força e coragem para prosseguir. O Dicionário, em bela encardenação, está aqui diante dos meus olhos” (Carta de Niterói, em 27.11.1897)